segunda-feira, 28 de maio de 2007

Retrato de Lisboa

Lisboa, 28 Mai (Lusa) - Apesar da perda de população nos últimos anos, Lisboa continuava a ser o concelho mais populoso do país em 2005, com 519.795 habitantes, uma densidade de 6.134 habitantes por quilómetro quadrado, segundo dados da Marktest.

Fonte da empresa, que fez uma caracterização do concelho em vésperas de eleições intercalares para a Câmara da capital, disse hoje à agência Lusa que o segundo município em termos de população é Sintra, com cerca de 419.000 habitantes, seguindo-se Vila Nova de Gaia, com 304.000, e só depois o Porto, com 233.000.

Lisboa ocupa uma área de 83,85 quilómetros quadrados, o que representa 0,1 por cento do território nacional.

Em 2001, havia 564.657 habitantes em Lisboa (5,5 por cento do total nacional), número que baixou para 519.795 em 2005, passando a representar 4,9 por cento do total.

"A população tem decrescido desde 1980: menos 287.000 habitantes nos últimos 25 anos, uma quebra de 35,6 por cento", mas mesmo assim está 15 vezes acima do valor médio do país.

Os censos de 2001 registavam 234.451 famílias, ou seja, 6,4 por cento do total.

Além dos censos, a Marktest usou para este trabalho dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Banco de Portugal e de outras fontes.

Na estrutura demográfica, as mulheres representam mais de metade da população (54 por cento) e os homens 46 por cento.

A Marktest nota que as mulheres estão aqui sobre-representadas face à média nacional: 52 por cento mulheres e 48 por cento homens.

A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 24 por cento de idosos (65 anos ou mais), quando a média nacional é de 17 por cento.

Treze por cento da população tem menos de 15 anos, nove por cento está entre os 15 e os 24 anos e 53 por cento na faixa dos 25 aos 64 anos de idade.

Na estrutura social, predomina a classe alta e média alta, que representa 38,7 por cento da população, superior à média do continente, de 17,6 por cento.

Em Lisboa, a classe média significa 25,7 por cento da população, a média baixa 17 por cento e a baixa 18,6 por cento.

O retrato do parque habitacional apresenta 53.779 edifícios de habitação familiar clássica (1,6 pc do total nacional) e 295.521 alojamentos familiares clássicos (5,4 pc do total).

Em 2004, foram transaccionados 15.984 prédios (5,8 por cento do total), num valor superior a três mil milhões de euros, uma média de 200.000 euros por prédio, "mais do dobro do valor médio nacional", lê-se no relatório.

AH.
Fonte: Agência LUSA