segunda-feira, 14 de maio de 2007

Por amor a Lisboa

Lisboa e os lisboetas merecem mais. A nossa capital não pode continuar refém dos aparelhos partidários. Estamos cansados do jogo constante de passa-culpas, do tacticismo, do calculismo político rasteiro.

Alguém ouviu ou vislumbrou, nos últimos anos, por parte dos eleitos para o executivo camarário, uma ideia ou uma visão para Lisboa?

Nem a actual maioria nem a oposição estão isentas de responsabilidades.

Vamos para eleições porque a situação chegou a um verdadeiro estado de podridão.

Tem que haver uma alternativa à gestão irresponsável (a contas com a justiça) e à política de oposição do “quanto-pior-melhor”.

A crise camarária lisboeta é o paradigma de um modo de fazer política que deve ser castigado nas urnas, dando lugar à mudança, à competência e ao espírito de serviço público.

O que falta na Câmara de Lisboa é desde logo amor a Lisboa.

Lisboa precisa de uma candidatura limpa.

Lisboa não pode ser gerida como uma gigantesca empreitada, que submerge em betão e em túneis a sua memória, a sua beleza.

Lisboa merece o nosso empenho cívico.

Não é populismo ousar fazer política à margem dos partidos. Populismo é cruzar os braços e assistir impávido à degradação da vida pública, por demérito de partidos que se transformaram em meros sindicatos de poder, fechados em si, castigando a liberdade cívica e premiando apenas o seguidismo aparelhístico. Partidos que dispensam o mérito e a competência de pessoas livres são uma ameaça à democracia representativa.

As regras destas eleições são determinadas pelos partidos (assinaturas, subvenções, tempo de campanha, data, etc), mas quem decide o seu resultado são os eleitores.

Os donos da democracia são os cidadãos. As próximas eleições serão uma oportunidade para provar que a mudança está nas nossas mãos.

Vota Helena Roseta!