Lisboa e os lisboetas merecem mais. A nossa capital não pode continuar refém dos aparelhos partidários. Estamos cansados do jogo constante de passa-culpas, do tacticismo, do calculismo político rasteiro.
Alguém ouviu ou vislumbrou, nos últimos anos, por parte dos eleitos para o executivo camarário, uma ideia ou uma visão para Lisboa?
Nem a actual maioria nem a oposição estão isentas de responsabilidades.
Vamos para eleições porque a situação chegou a um verdadeiro estado de podridão.
Tem que haver uma alternativa à gestão irresponsável (a contas com a justiça) e à política de oposição do “quanto-pior-melhor”.
A crise camarária lisboeta é o paradigma de um modo de fazer política que deve ser castigado nas urnas, dando lugar à mudança, à competência e ao espírito de serviço público.
O que falta na Câmara de Lisboa é desde logo amor a Lisboa.
Lisboa precisa de uma candidatura limpa.
Lisboa não pode ser gerida como uma gigantesca empreitada, que submerge em betão e em túneis a sua memória, a sua beleza.
Lisboa merece o nosso empenho cívico.
Não é populismo ousar fazer política à margem dos partidos. Populismo é cruzar os braços e assistir impávido à degradação da vida pública, por demérito de partidos que se transformaram em meros sindicatos de poder, fechados em si, castigando a liberdade cívica e premiando apenas o seguidismo aparelhístico. Partidos que dispensam o mérito e a competência de pessoas livres são uma ameaça à democracia representativa.
As regras destas eleições são determinadas pelos partidos (assinaturas, subvenções, tempo de campanha, data, etc), mas quem decide o seu resultado são os eleitores.
Os donos da democracia são os cidadãos. As próximas eleições serão uma oportunidade para provar que a mudança está nas nossas mãos.
Vota Helena Roseta!