sábado, 19 de maio de 2007

O misterioso Pedro Silva Pereira


Há na vida política actual um mistério chamado Pedro Silva Pereira.


Há quem diga que é, depois de Sócrates, o homem mais poderoso do governo.

Ou até mais.

O que não se sabe é de onde vem esse poder.

Quem é Pedro Silva Pereira? Que lutas travou pela democracia e pelo progresso do país? Que obra deixou? De onde lhe vem a facilidade com que se pronuncia sobre o que deve ser e não ser, quem é bom e quem não é, quem serve ou quem não serve o PS, o país e a democracia?

De onde lhe vem a autoridade moral, política, ética, curricular, para se pronunciar sobre pessoas que, entre outras coisas, fundaram o regime que lhe garante a possibilidade de emitir opiniões?

Qual a sua formação política para produzir afirmações tão próximas do mais arcaico estalinismo, como as que constam da entrevista hoje publicada pelo DN?:

- “António Costa é mais útil ao País na Câmara de Lisboa” – trata-se de um elogio sincero ou de uma perfídia?

- “Helena Roseta deixou o PS. É um estilo de estar na política e na vida em geral . O estilo de agredir constante e publicamente os seus companheiros políticos e estar disponível no dia seguinte para se tornar adversária dos companheiros da véspera” – o que será política e éticamente mais louvável: o “estilo” de lutar pelas suas convicções livremente, por sua conta e risco, ou o “estilo” de preservar confortavelmente a posição de eminência parda do regime?

- (“Mas Manuel Alegre teve um milhão de votos”, pergunta do jornalista) “Sim, mas ainda no último congresso nacional do PS José Sócrates foi reeleito com mais de 97% dos votos” - Não será justamente esse o problema deste PS?
Fausto Ribeiro