Londres, porventura a mais dinâmica das capitais europeias, tem como Mayor um dissidente do Partido Trabalhista, Ken Livingstone (http://www.london.gov.uk/mayor/mayorbiog.jsp).
Entre outras medidas apoiadas pela maioria dos londrinos, Ken Livingstone operou uma verdadeira revolução na política de transportes da cidade.
O dinamismo de Londres foi premiado com a atribuição da organização dos Jogos Olímpicos de 2012.
Ken Livingstone foi expulso do Labour em 2000, por ter ousado candidatar-se como independente à Câmara de Londres.
A vitória nas urnas, conjugada com o velho pragmatismo britânico, levou à sua readmissão no partido em 2004.
A direcção do Partido Trabalhista aprendeu a lição: em democracia quem manda são os eleitores.
Importa ter em conta, porém, as diferentes realidades políticas. No Reino Unido só podem ser ministros os deputados eleitos para o Parlamento, que por sua vez são eleitos em círculos uninominais.
Não é permitido o "outsourcing" de "independentes" para cargos de governo. Esses cargos só podem ser exercidos por independentes eleitos - como é o caso de Londres - não por nomeados.
E, apesar dos eventuais defeitos do sistema puro de círculos uninominais, é indiscutível que deste modelo sai reforçada a responsabilidade dos eleitos perante os eleitores.